Há um mês estreou na cidade do Rio de Janeiro um dos espetáculo musicais mais esperados de 2012. Com um orçamento milionário de aproximadamente 9 milhões, o musical "O Mágico de Oz", da aclamada dupla Charles Moeller e Cláudio Botelho, os diretores de maior sucesso no gênero atualmente; chegou a cidade para abalar os palcos do teatro João Caetano.
Sendo bem fiel ao original e à montagem do London Palladium, que é a mais fiel ao filme, o musical tem uma qualidade que supera até os outros musicais da dupla, o que não seria uma surpresa tendo em vista que este é o musical mais caro deles. A qualidade da montagem é ímpar, com figurinos e cenários que encantam não só os pequenos mas também os adultos. Aliás, a própria adaptação feita pelos diretores dá ao espetáculo uma visão não tão infantil. Apesar de magnífico, talvez algumas piadas "adultas" de duplo sentido soaram um pouco desnecessárias, todas partindo do leão não apenas covarde mas também extremamente afeminado de Lúcio Mário Filho. Mais afeminado que o do filme original, mas não tanto a ponto de incomodar, muito pelo contrário, visto que o personagem foi responsável por boas gargalhadas na peça. Mas deixo a ressalva pelas piadinhas, tendo em vista o público certo que era o infantil....
Os maiores destaques da peça ficaram a cargo de Maria Clara Gueiroz, como a Bruxa Má do Oeste, que apesar de ter uma comédia bem parecida com outros de seus personagens, para a Bruxa, seu humor coube perfeitamente, sendo responsável pela maior parte cômica da peça, assim como Pierre Baitelli, que se destacou como o Espantalho, dando vida e corpo perfeitos para o melhor amigo de Dorothy, sem nos esquecermos que além do seu ótimo trabalho de corpo, ouvimos um perfeito trabalho de voz para a criação do seu personagem, que não podia estar melhor construído. O personagem ainda nos deliciou com seu humor leve e descontraído, sem ser óbvio.
O Homem de Lata também teve um bom desempenho, dando o toque certo de sensibilidade que o personagem precisa, além do Mágico, que fez bem o seu papel, apesar de não deixarmos de ver o próprio Miele. A bela e doce Glinda, linda em seu vestido roda e sua voz tão suave como de uma fada....perfeita! E os Munchkins...ah, os munchkins. Tão sincronizados e bem feitinhos, com suas características particulares e MA-RA-VI-LH0-SA-MEN-TE representadas. Confesso ter ficado com dúvidas em relação aos anõezinhos feito por adultos, mas como foi MELHOR. A ideia de colocá-los de joelhos com sapatos dava a nítida impressão que eram de fato anões. Tão lindos que dava vontade de subir no palco e dançar e cantar junto. Deu até vontade de ser um munchkin! E o efeito do ciclone??? Aquilo deixa qualquer um de queixo caído.
E como eu não poderia deixar de citar: Malu Rodrigues, a menina Dorothy, que nos encantou com sua linda voz e nos transportou para Além do Arco - Íris. Nossa Dorothy representou muito bem a canção clássica que atravessou os tempos e embalou os corações de muita gente.
Um espetáculo para toda a família e todas as idades, pra ser visto mais de uma vez e que vale cada centavo. É pra se deliciar e se encantar com tamanha magia. PRA OZ?????
Por Bárbara Evelyn
