Estamos em um ano de estreias cinematográficas envolvendo personagens do mundo dos quadrinhos e fantasia, como princesas, vilãs e super heróis, atraindo milhões de espectadores às salas de cinemas. Os adultos relembram a infância; as crianças e adolescentes se encantam e provam que de fato personagens clássicos atravessam os séculos. E para lembrar estes personagens vamos falar da mais nova estreia das telonas: BATMAN - O Cavaleiro das Trevas Ressurge.
Após vários intérpretes que souberam dar a sua cara própria para o homem morcego, Christian Bale, parece ter representado bem a última trilogia, nos resta imaginar agora quem irá representar o cavaleiro das trevas no tão falado (e ainda não gravado...sabe se lá quando será) longa da Liga da Justiça, visto que o ator já declarou não vestir mais a capa preta no cinema. E ainda tem o tal embate em juntar em um mesmo filme o Batman e o Superman...algo que eu não vejo o porque ser um problema, visto que nos desenhos e quadrinhos é assim que eles vivem: em parceria. Pois bem, morcegos à parte, falaremos dos gatos, ou melhor, das gatas, ou melhor DA GATA...A Mulher - Gato. Tá bom que nos quadrinhos a Mulher Gato tem uma infância e adolescência perturbada, com a perda dos pais, as prisões e vida de "gatuna", porém, uma das principais características da personagem é exatamente a sensualidade e charme do gato, até no jeito de andar. Algo que Anne Hathaway, com todo seu talento e firmeza dados a personagem, deixou a desejar. Sem contar que os gatos não foram citados em nenhum momento pela personagem, nem a acompanhando, nem em comentários, nem em NADA...se não falassem na publicidade eu nem teria certeza se era a Mulher Gato mesmo...ah claro, tem o óculos de gato, ISSO entrega. O Batman não é apenas um homem vestido de morcego, ele tem uma certa ligação com o animal assim como a Mulher Gato também tem (ou deveria ter)....e nessa versão dos cinemas a personagem não trouxe a tona o seu lado "gata" de ser...a não ser sua malícia e o fato de ser uma ladra, que a personagem de fato é.
Não sei se é algo particular dessa trilogia do Cavaleiro das Trevas que mostram personagens mais sombrios, até mesmo numa tentativa de trazê-los mais para realidade e menos para a fantasia, porém um homem vestido de morcego com tantas coisas fora do comum em sua história e na história de seus vilões, já não é muito realista. Então porque não trazer a fantasia que já conhecemos vinda dos quadrinhos e dos desenhos. Se formos lembrar, o Coringa de Heath Ledger, apesar de magnífico e muito bem interpretado pelo ator, deu uma cara completamente diferente ao personagem, visto que em BATMAN - O Cavaleiro das Trevas, o Coringa de Ledger praticamente não ri, dando ao personagem uma sombriedade fora do normal, porque todos sabemos que a característica física principal do Coringa é seu sorriso, ele é o psicopata maluco e sarcástico que mata sorrindo e ironizando. Na sua história, Coringa é um palhaço que inclusive sonhava ser humorista e frustrado acaba entrando no mundo do crime. Enfim, bem diferente do Coringa que vimos no penúltimo filme. Já Jack Nicholson conseguiu vestir a roupa do palhaço idêntico ao Coringa dos quadrinhos. Não desmerecendo o de Ledger, mas ambos souberam deixar a sua marca no personagem de forma esplêndida, porém Nicholson conseguiu ser mais fiel ao personagem, de forma que se pegarmos um gibi podemos enxergá-lo perfeitamente no desenho. Louco não???
Da mesma forma Michelle Pfeiffer conseguiu imortalizar sua Mulher - Gato de um jeito que nenhuma outra conseguiu superar, e nem chegar perto. Ela conseguiu juntar todas as características da personagem, (Halle Berry até conseguiu ficar sexy, mas foi o único acerto dela no filme) e além de sensual, mostrou toda a dualidade da "gata", e todos os conflitos da vilã, com uma ironia e sarcasmo bem particulares, e com aquele jeito de se locomover que só a Mulher - Gato sabe fazer. Espero que se resolverem fazer outro filme dela, convençam Miss Pfeiffer de vestir o collant preto, pois seria um grande acerto. A Mulher - Gato na idade da loba (ou seria da tigresa?) iria arrasar.
Por Bárbara Evelyn