E estamos a poucos dias da entrega de um dos maiores prêmios do cinema. Desta forma, vamos analisar dois dos maiores concorrentes a estatueta do Oscar: 12 Anos de Escravidão e Trapaça.
O primeiro, traz um drama daqueles, com tudo que a tristeza referente a esta época, onde os negros eram tratados como mera mercadoria, pode mostrar. E o melhor da história é que justamente um negro que já era livre e bem sucedido sendo obrigado a voltar aos "velhos tempos" de terror e humilhação. Com mais detalhe: é baseda em fatos reais.
Chiwetel Ejiofor interpreta o protagonista Solomor Northup com intensidade, sendo um dos favoritos ao prêmio, já tendo levado o Globo de Ouro de melhor ator de Drama pelo papel. Com cenas fortes e sensíveis, com direitos a peles rasgadas e sangrando pelo chicote, apesar de doer aos olhos, o filme mostra uma história rica e comovente. O filme também levou o Globo de Ouro de Melhor Drama e o Bafta de Melhor Filme, prêmios importantíssimos da indústria cinematográfica, entre outras premiações. Lupita Nyong'o também brilha na pele de Patsey, mostrando toda força e ao mesmo tempo fragilidade e sofrimento da personagem. Os atores mergulharam fundo na história resultando em brilhantes interpretações, que também tem nomes no elenco como Michael Fassbender, como o cruel senhor de escravos que inferniza a vida de Solomor e Brad Pitt, como o seu "salvador". O filme é baseado em livro do próprio Solomor Northup e está concorrendo nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Chiwetel Ejiofor), Melhor Ator Coadjuvante (Michael Fassbender), Melhor Atriz Coadjuvante (Lupita Nyong'o), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Figurino, Melhor Montagem e Melhor Design de Produção.
Já o divertido Trapaça vem no caminho inverso, por se tratar de uma comédia que arranca risos até nos momentos mais tensos, boa parte graças a personagem de Jeniffer Lawrence. A história do golpista Irving Rosenfeld, brilhantemente interpretado por Christian Bale, fisicamente irreconhecível no filme, é recheada de ação, romance e humor, sendo também uma homenagem ao cinema retrô ao meu ver, com inspirações divertidas e características.
No início o filme parece parece pouco envolvente, com uma história à primeira vista desinteressante, mas a medida que situações se desenrolam começamos a ficar um pouco mais interagidos com toda aquela máfia e círculo de planos e golpes. O egocêntrico agente do FBI de Bradley Cooper é interessante porém lembra um pouco o personagem do mesmo em "O lado bom da vida" pela personalidade incontrolavelmente violenta e nervosa. Já Amy Adams cumpre bem o seu papel como a sócia e amante de Irving, Sidney, mostrando um lado da atriz que não conhecíamos, porém fico na dúvida se ela merece levar o prêmio pela personagem. E Lawrence...ah, ela empresta todo o seu carisma para a esposa do protagonista, roubando a cena em todos os momentos que aparece. Divertidíssima, sua Rosalyn tem todos os conflitos que uma mãe jovem e cheia de perturbações, nos levando da pena à simpatia, até simplesmente adorarmos Rosalyn, mesmo com toda sua imaturidade e deslizes.
O filme também é um dos preferidos à estatueta, tendo levando o Globo de Ouro de Melhor Comédia, e de Melhor Atriz de Comédia (Amy Adams) e Melhor Atriz Coadjuvante ( Jeniffer Lawrence). Os quatro protagonistas também estão concorrendo ao prêmio da Academia: Melhor Ator (Bale), Melhor Ator Coadjuvante (Cooper), Melhor Atriz (Adams), Melhor Atriz Coadjuvante (Lawrence), e o filme ainda concorre nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor, Roteiro Original, Figurino, Montagem e Design de Produção.
Se Jeniffer ganhar, será a primeira atriz a levar o prêmio dois anos consecutivos??? Bem, vamos ver o que nos reserva o dia 2 de Março e até lá tentar ver o máximo da lista de indicados.
E vamos ao cinema!