Primeiro, a estreia de hoje nas telonas, o tão esperado "Faroeste Caboclo" consegue adaptar com dignidade a música de Renato Russo, que conta a história de João de Santo Cristo, o garoto negro e pobre da fazenda que acaba indo para Brasília, após passar pelo reformatório e conhece lá o amor de sua vida, Maria Lúcia, e seu arqui-rival Jheremias, o maconheiro sem vergonha.
Apesar de várias diferenças da música que inspirou o filme, como exemplo, a participação de Maria Lúcia e de Jheremias desde o início da história, a prisão de Santo Cristo por motivo diferente, o "sacrifício" de Maria Lúcia ao ficar com Jheremias, a chegada de João em Brasília e seu início, como o casal se conheceu, etc, o filme encanta com a história de amor entre o protagonista e a filha do senador, a vida sofrida e cheia de injustiças de Santo Cristo, a ironia e maldade irresponsável de Jheremias, que fazem da versão cinematográfica da música um clássico nacional como a canção título. No dia de sua estreia o filme já é um sucesso no Brasil.
Fabrício Boliveira interpreta maravilhosamente o protagonista, com toda a sua amargura e dureza de quem só sofreu na vida, e vê no amor sua melhor esperança. O ator, que já protagonizou a minissérie Suburbia na Globo, é uma grande revelação. Já Isis Valverde consegue emprestar toda sua graça e intensidade a Maria Lúcia, que na versão do cinema é uma maconheira de mão cheia. E o vilão Jheremias, interpretado por Felipe Abib, estava mais mais para "cheirador" sem vergonha do que para maconheiro, mas independente da "licença poética", Abib emprestou todo seu talento ao personagem, acrescentando boa dose de humor e carisma ao bad boy. Certamente o veremos muito em cena depois de filme.
"Faroeste Caboclo" é um filme que vale a pena assistir nos cinemas, pois além de retratar a juventude de uma geração, usa a ficção para dar mais leveza e romance à música tão cantada por tantos anos e até hoje. Não precisa esperar o DVD, vai logo garantir seu ingresso e sua pipoca.
Tudo leva a crer que o filme se passa antes da novela em que conhecemos Giovanni, pois no filme ele está casado com a personagem de Andréa Beltrão, que foi amante dele quando ele ainda era casado com a mãe dos filhos mais velhos, e acabou ficando viúvo após suicídio da mesma. E como muito bem recordamos, ele quem fica com a protagonista da novela, Maria do Carmo, no final da novela.
No mais, o filme mostra as falcatruas que o personagem de José Wilker acaba se metendo e como ele precisa se safar delas, usando de toda sua influência como bicheiro e dono de escola de samba e principalmente seu carisma felomenal! Mas o que não se pode negar é que na novela o personagem era mais interessante que no filme, talvez pela graça mais natural e espontânea.
Para quem quiser diversão! Recomendo.
Por Bárbara Evelyn
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